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Ataque a hospital deixa quatro mortos no Paquistão




Homens armados abriram fogo contra o hospital onde estavam internadas as vítimas dos ataques a duas mesquitas dos Ahmadis, deixando pelo menos quatro mortos segundo um médico.

Os homens abriram fogo no portão do Hospital Jinnag na cidade de Lahore, onde vítimas e um dos suspeitos do ataque de sexta-feira passada contra as mesquitas dos Ahmadis, uma seita muçulmana minoritária, estavam sendo tratados, explicou o médico.

"Eles começaram a atirar de forma indiscriminada na emergência e na unidade de tratamento intensivo", informou o médico Javed Akram.



A Polícia afirmou que pelo menos quatro pessoas - três policiais e uma mulher - morreram após o ataque no hospital.

Akram, que inicialmente confirmou a existência de 12 mortos, disse que pelo menos 30 Ahmadis feridos foram internados no hospital e um dos supostos agressores dos ataques de sexta-feira era tratado em um quarto isolado.


Patrulhas policiais chegaram ao local, mas os responsáveis pelos ataques fugiram rapidamente.

"A operação acabou", afirmou o oficial Shafiq Gujar. "Parece que os atacantes quiseram matar ou libertar o acusado".

Testemunhas contaram à AFP que ouviram disparos no hospital por pelo menos 15 minutos.

A agressão ocorreu três dias após ataques a duas mesquistas Ahmadi, que mataram 82 pessoas.

Foram os piores ataques no Paquistão desde um atentado suicida, que matou 101 pessoas no dia 1º de janeiro em um jogo de vôlei em Bannu, no limite da região afegã que Washington chama de quartel-general da Al-Qaeda.

Grupos de direitos humanos paquistaneses afirmam que a comunidade Ahmadi recebe ameaças a mais de um ano e autoridades atribuem os ataques a militantes islâmicos, que mataram mais de 3.370 pessoas nos últimos três anos.

Cidade de oito milhões de pessoas e considerada a capital cultural do Paquistão, Lahore sofre cada vez mais com a violência dos Talibãs e da Al-Qaeda, com 265 pessoas mortas em nove ataques desde março de 2009.

A comunidade Ahmadi foi fundada por Ghulam Ahmad, que nasceu em 1838, e tem visões diferentes das dos muçulmanos ortodoxos, considerando diversos profetas, entre eles o próprio Ahmad.

A violência religiosa no Paquistão, principalmente entre a maioria sunita e a minoria xiita, matou mais de 4.000 pessoas na última década.
Redação

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