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Quatro pessoas são mortas em temporal no Rio de Janeiro

da Revista Universo

O Rio de Janeiro se transformou em um mar de transtornos e desespero durante as fortes chuvas que caíram ininterruptamente por mais de seis horas, a partir das 17h30. A bebê Ana Marcele Barbosa, de cinco meses, uma jovem de 16 anos e outra criança, que seriam da mesma família, e Francisca Bezerra de Souza, 60, morreram soterradas no desabamento de casa, no Morro do Borel, na Tijuca.

Nesse desabamento, 11 pessoas ficaram feridas, entre elas a avó do bebê, que sofreu parada cardíaca e foi reanimada. Mais três deslizamentos foram registrados no Lins e no Andaraí, no Rio, e em Santa Rosa (Niterói), com cinco feridos — subindo para 12 o número de feridos em deslizamentos registrados até a noite de ontem.


A Chuva deixou quatro mortos no Rio de Janeiro.


Aeroportos foram fechados, e trens tiveram a circulação interrompida no ramal de Saracuruna, entre as estações Central do Brasil e Bonsucesso, por causa de alagamento em Manguinhos. O ramal de Belford Roxo circulou com atrasos. O metrô também sofreu por causa do excesso de passageiros que procuraram fugir do trânsito caótico usando o sistema subterrâneo.

Em pontos mais críticos, como a Av. Maracanã e a Praça da Bandeira, bombeiros usaram barcos e botes infláveis para auxiliar motoristas e pedestres. Com o transbordamento do Rio Maracanã, automóveis ficaram submersos e motoristas tiveram que ser resgatados.

Muitos trabalhadores não conseguiram voltar para casa. Os pontos de ônibus da Av. Brasil estavam lotados de passageiros, mesmo após as 23h de Segunda-Feira, 5, pois os ônibus não chegavam à via.

A estudante Raquel Oliveira, 24 anos, pegou uma condução às 18h30, na Praça 15, e às 23h ainda estava parada na Rodoviária Novo Rio. “Vi vários pequenos furtos a motoristas na Avenida Rodrigues Alves e muita gente entrou em pânico”, conta ela, que mora em Olaria.

O trânsito parado em toda a cidade despertou bandidos e arrastões foram registrados na Linha Amarela, Avenidas Brasil, Pastor Martin Luther King Júnior (ex-Automóvel Clube) e Dom Hélder Câmara (ex-Suburbana). A dona de casa Marisa Alves, 39 anos, foi uma que abandonou o carro na altura da Favela do Jacarezinho, depois que 20 menores de ruas começaram a fazer arrastão no trânsito engarrafado.

No Centro, quem aproveitou os alagamentos para ganhar algum dinheiro foram os catadores que usaram seus carrinhos para transportar pessoas. Na Rua da Relação, quem quisesse passar de uma calçada para outra era obrigado a desembolsar R$ 5. Taxistas também lucraram com o desespero alheio. A comerciária Maria da Conceição Nunes, 36 anos, pagou R$ 50 para convencer um taxista a transitar pela contramão e levá-la até a porta de casa num percurso que não demoraria nem 10 minutos a pé: “É um absurdo, mas tenho que chegar em casa”.

No Forte de Copacabana, as rajadas de vento chegaram a 75km/h. Pelo menos sete bairros ficaram sem energia por causa da queda de redes elétricas: Ilha do Governador, São Conrado, Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Alto da Boa Vista, Tijuca e São Cristóvão.

Com Informações do jornal O Dia.
Redação

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