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Justiça aceita denuncia contra assasino de cartunista e filho de cartunista

da Revista Universo

O juiz José Marcos Silva, da Vara do Júri de Osasco, abriu processo contra o estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 24 anos. Um dia antes, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciara o jovem pela morte do cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e do filho dele Raoni Ornellas, de 25 anos. Como o processo correrá em segredo de Justiça, ainda não se sabe se o magistrado deferiu o pedido do promotor Yuri Giuseppe Castiglione, do MPE, para que Cadu seja submetido à exame de insanidade mental.

O objetivo da avaliação é determinar se o réu sofre de alguma doença que possa ter contribuído para o comportamento apresentado por ele ao invadir a chácara do cartunista, em 12 de março, e atirar contra Glauco e seu filho. Uma das hipóteses é de que ele tenha esquizofrenia. Se o exame indicar que alguma doença levou o jovem a cometer o crime, ele poderá ser considerado inimputável ou semi-inimputável. E, assim, caso for condenado, cumprirá medida num hospital psiquiátrico. Mas, se a avaliação médica indicar o contrário, Cadu pode ser levado a júri popular e cumprir pena no sistema penitenciário comum.

Atualmente, Cadu está preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A transferência dele para a unidade se deu na semana passada. A Polícia Federal (PF) solicitou a mudança. Alegou não ter estrutura para mantê-lo na delegacia de Foz do Iguaçu, para onde o jovem fora levado após trocar tiros com policiais, tentar atravessar a Ponte da Amizade e ser detido pela Marinha paraguaia.

Carlos Eduardo responderá a processo por duplo homicídio e lesão corporal dolosa, uma vez que feriu com uma coronhada a viúva do cartunista. Em relação a Glauco, ele responderá pelas qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Quanto a Raoni, o promotor entendeu que ele foi assassinado sem chance de defesa. Castiglione ressaltou, ainda, que a pena de Cadu pode ser agravada se ficar comprovado que ele se drogou para cometer o crime.

O amigo de Cadu, o estudante Felipe de Oliveira Iasi, de 23 anos, não foi denunciado à Justiça. Inicialmente, a polícia chegara a indiciá-lo como partícipe, cuja pena seria mais branda Para o delegado responsável pelo caso, Iasi ajudou o amigo ao pular o muro da chácara da vítima e abrir o portão. Além disso, Iasi havia se encontrado mais cedo com Cadu e o levou à chácara do cartunista, situada numa área de difícil acesso, em Osasco, na Grande São Paulo. O carro do estudante, um Gol cinza, foi apreendido perto da casa dele. Em depoimento à polícia, Iasi negou ter ajudado o amigo e afirmou que fugiu antes de Cadu efetuar os disparos contra Glauco e seu filho, Raoni.
Redação

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