A estagiária da Procuradoria da Prefeitura de Mesquita Lauren Mayá Portella Silva dos Santos, 19 anos, é acusada pela polícia de envolvimento em um assalto em que a vítima foi sua própria mãe. A moça e o namorado Marcos Vinicius Santana Leal, também procurado, tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça de Itaguaí e escaparam do cerco feito quarta-feira por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Na operação, cinco suspeitos foram presos, entre eles dois policiais militares.
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelam que Lauren passou ao namorado informações sobre a saída da mãe dela, uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de casa. Segundo as investigações, logo após o telefonema, a mãe da jovem foi abordada por homens armados que roubaram seu Palio, em Nova Iguaçu.
Os acusados: A Jovem e o namorado.
O assalto ocorreu dia 12 de junho. Lauren e Marcos combinaram de se encontrar porque era Dia dos Namorados. Numa das ligações, ela interrompeu a conversa e se despediu da mãe: "Mãe, traz alguma coisa bem gostosa para mim quando voltar, tá?". Segundo a polícia, o grampo revela que, após a frase, Lauren informou que a mãe saíra, para que os comparsas efetuassem o roubo.
Segundo investigadores, Rodrigo Marques Cerqueira, o Digão, e Bruno Pereira Cardoso, o Pimpinho, presos quarta-feira, confirmaram o envolvimento da moça na ação. Diferente dos outros presos, acusados de sequestrar funcionários de bancos para extorquir altas quantias em dinheiro, Lauren é suspeita apenas de envolvimento na formação de quadrilha. Agentes procuraram a moça na sede da Prefeitura de Mesquita, mas ela não foi localizada. Ontem, havia informações de que a jovem iria se apresentar à polícia
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Cinco dos 10 suspeitos continuam foragidos. De acordo com o delegado Roberto Gomes Nunes, há denúncias de roubos de carros, assaltos e saidinhas de banco praticadas pelo bando na região. "A fuga só corrobora com as acusações. Sabemos que existem vítimas e pedimos que as pessoas denunciem (2333-9598)", disse o policial. Segundo ele, foram feitas buscas em endereços de Campo Grande, Nova Iguaçu e Nilópolis, muitos dos locais redutos de milícia, mas não foi confirmada ligação da quadrilha com paramilitares.
A quadrilha é formada por jovens, a maioria moradores da Baixada Fluminense, que se conheceram em ambientes que costumam frequentar. Filhos de famílias humildes, eles apresentam patrimônio que diverge de sua situação financeira.
Marcus Vinicius trabalha como operador de empilhadeira e faz pagamentos bancários para uma distribuidora de bebidas em Nova Iguaçu. Segundo a polícia, no entanto, o rapaz teria um Audi e uma moto Falcon. Na operação, foram apreendidos na casa de Pimpinho uma Honda Titan e um Celta.
O grupo é apontado como participante de pelo menos duas extorsões mediante sequestro, uma delas de um gerente de agência bancária de Belford Roxo, de quem exigiram R$ 400 mil.
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