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Garoto da tiro em irmão de 12 anos

da Revista Universo

Uma tragédia em família abalou moradores do Barro Vermelho, em São Gonçalo. Um estudante, de 12 anos, levou um tiro na testa no quintal de casa. O autor do disparo foi o irmão mais velho, de 14. A pistola usada era do tio, que alegou ter encontrado a arma na rua. Ele se apresentou na 74ª DP (Alcântara). A vítima está em estado gravíssimo no Pronto Socorro de São Gonçalo (PSSG).

Os dois irmãos estavam no quintal de casa se preparando para ir ao colégio. Além deles, ainda estava na residência a irmã caçula, de seis anos, e o padrasto quando um tiro foi ouvido. O autor contou que o disparo teria sido acidental. “Eu peguei a arma para devolver ao meu tio e ele (irmão) pediu para ver. Quando levantei para mostrá-lo, ela disparou sozinha. Eu comecei a gritar pelo meu padrasto e, nervoso, joguei a arma do outro lado da rua. Fiquei sacudindo o meu irmão e coloquei a mão no peito dele e vi que estava vivo”, contou o menino.

Desmaiado, o menino foi socorrido por vizinhos, que encontraram a pistola calibre 380. O dono da arma, auxiliar de portaria de 27 anos, apresentou-se espontaneamente na delegacia. “Eu estava voltando para casa, no Engenho Pequeno, e tinha uns carros queimados. Vi uma coisa brilhar e achei a arma. Isso aconteceu há três semanas. Coloquei a pistola e o carregador em cima do guarda-roupas e, há uma semana, ela desapareceu depois que ele (autor do tiro) visitou a minha casa. Eu só sei de uma coisa agora: minha vida acabou”, contou o tio.

O acusado confirmou a versão do tio, mas disse que pegou a arma porque estava sendo ameaçado. “Eu brigava muito com o meu irmão (vítima) e ele (tio) vivia dizendo que ia me bater. Quando soube que ele estava com a arma, achei melhor escondê-la. Não levei para casa, coloquei em um forro do telhado do bar vizinho. Hoje, quando peguei a arma para devolver ao meu tio, isso aconteceu”, disse o autor do disparo, que irá responder por lesão corporal culposa (sem intenção) e será apresentado no Juizado da Infância e Adolescência pela mãe, que assinou um termo de compromisso na delegacia, permitindo a liberação do menino.

O tio foi autuado por posse irregular de arma e omissão de cautela. Ele vai responder ao processo em liberdade. A mãe dos adolescentes, de 30 anos, que sai para trabalhar como acompanhante de idoso toda segunda e só volta aos sábados, comentou a tragédia. “Não sei como isso foi acontecer. Ele me disse que estava com essa arma na segunda e eu pedi para ele devolver ou sumir com ela. Ele tinha me dito que tinha jogado no valão. E, hoje (ontem), fui surpreendida com essa história. Logo ele, o filho mais cabeça e que tomava conta dos irmãos quando eu estava fora. Não estou conseguindo aguentar essa dor”, desabafou a mãe.

A vítima foi operada e respira com a ajuda de aparelhos, mas teria sofrido lesões irreversíveis, segundo a equipe médica.
Redação

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