Pastor assume presidencia da comissão de direitos humanos e minorias e vira alvo de manifestação

RODRIGO CRUZ
da REVISTA UNIVERSO, em São Paulo, (SP)

O presidente da Comissão de direitos humanos e minorias da Câmara dos deputados, o deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano é alvo de manifestações de ativistas do movimento homossexual e de movimentos contra o racismo, Feliciano fez declarações polemicas em seu twitter sobre relacionamentos homoafetivos e sobre os africanos.

"Africanos descendem de ancestrais amaldiçoados por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição ainda é polemica. Toda a nação pagã parecem atraírem desgraças. A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã  respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas.", publicou em seu twitter o pastor e deputado federal, Marco Feliciano. O pastor falou sobre os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo. "A Podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, a rejeição.", disse o pastor em seu twitter. Feliciano foi além ao chamar relações homoafetivas de 'promiscuas'. "Retuítem isso: amamos os homossexuais mais abominamos suas práticas promiscuas.", finalizou o pastor em seu twitter.

Na época Feliciano disse as afirmações sobre os africanos se tratava de fundamento teológico. "Não tem nada de comentário racista. É um comentário teológico que está na Bíblia.", disse o pastor. Sobre os homossexuais Marco Feliciano disse respeitar mais não concorda com a homossexualidade. "Não quero que minha filha veja dois homens se beijando porque isso é imoral.", disse.

As polemicas do pastor contra a homossexualidade não parou por ai, em um evento evangélico Marco Feliciano chegou a afirmar que o vírus HIV, transmissor da AIDS, era uma 'doença gay', o pastor criticou duramente os ativistas homossexuais, e afirmou que 'Eu não quero que as minhas filhas saiam nas ruas e veja dois macho barbado com a perna rapada se beijando. Querem se beijar, beijem em outro lugar, querem fazer suas porcarias façam em outro lugar, a família brasileira merece respeito.', afirmou o pastor durante o evento.

Indignação

O pastor chegou a se desculpar com negros e homossexuais que teriam se sentido ofendidos com algumas de suas polemicas declarações. Em São Paulo as manifestações são frequentes contra o pastor na presidência dos direitos humanos e minorias na Câmara dos Deputados. No Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis, e Campo Grande, manifestantes realizaram novas manifestações contra o deputado federal e pastor, Marco Feliciano.

Em Maceió, integrantes do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, e transgeneros), saíram as ruas contra o pastor. Em Manaus, representantes da sociedade civil e da classe trabalhadora protestaram na Assembléia Legislativa do Amazonas. Em Rio Branco, no Acre, manifestantes realizaram um 'velório' em frente ao Palácio Rio Branco, no centro da capital, questionados, um dos integrantes disse que simbolizava luto pelos direitos humanos Brasileiro.

Criticas a Feliciano

Luciana Mello de Sousa, coordenadora de uma ONG Homossexual em Minas Gerais, critica o pastor na presidência da comissão de direitos humanos. "O Partido Social Cristão é opositor aos direitos da comunidade LGBT, por tanto eles são contra a minoria, são contra a diversidade sexual e religiosa, por tanto parlamentares desse partido não pode lidar com a questão de direitos humanos. Isso é um tapa na cara da laicidade do estado.", disse. Segundo a coordenadora, a sociedade abriu os olhos e favoreceu a causa gay.

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