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Cientistas descobrem suplemento dietético que pode prevenir pré-eclâmpsia

da EFE


Tomar um suplemento dietético rico em aminoácidos e vitaminas antioxidantes durante a gravidez pode reduzir o risco de que as mulheres sofram pré-eclâmpsia, também conhecida como toxemia gravídica, uma complicação médica da gestação associada à hipertensão.


Segundo publica a revista British Medical Journal em seu último número, a pré-eclâmpsia está ligada a uma deficiência de L-Arginina, um aminoácido que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo durante a gravidez.


A pré-eclâmpsia é uma complicação séria que provoca o aumento da pressão no sangue durante a gestação, que pode afetar tanto a mãe como o feto e que é registrada em aproximadamente 5% das mulheres grávidas pela primeira vez.


Um grupo de pesquisadores do México e Estados Unidos testaram a teoria de que uma combinação de L-Arginina e antioxidantes previne o desenvolvimento da pré-eclâmpsia em mulheres com um alto risco de adquiri-la.


No estudo, participaram 672 mulheres grávidas de cinco meses, divididas ao acaso em três grupos diferentes.


O primeiro deles recebeu diariamente uma dose de L-Arginina e vitaminas antioxidantes, enquanto ao segundo foram oferecidas apenas vitaminas. O terceiro recebeu um placebo.


Ao final do experimento, a doença foi desenvolvida por 30,2% das mulheres do grupo que recebeu o placebo e 22,5% das mulheres que só receberam vitaminas.


Já entre as grávidas que tomaram L-Arginina, apenas 12,7% sofreram a complicação.


A equipe de cientistas concluiu então que as mulheres tratadas com L-Arginina e vitaminas ficaram significativamente menos propensas a desenvolver pré-eclâmpsia em comparação com o grupo que tomou placebo, e que a ingestão de vitaminas, por si só, não reduz de maneira conclusiva os efeitos da doença.


O estudo também mostrou que a L-Arginina e as vitaminas permitem reduzir o risco de um parto prematuro.


"Trata-se de um tratamento de baixo custo que pode ajudar significativamente a reduzir o risco de sofrer pré-eclâmpsia e evitar os nascimentos prematuros associados a essa complicação", afirmaram os autores da pesquisa.


No entanto, em um editorial que acompanha o estudo, dois especialistas destacam que ainda resta um longo caminho a ser percorrido na investigação dos efeitos da L-Arginina.


Ainda há dúvidas sobre como essa substância se complementa com as vitaminas, quais são os potenciais efeitos negativos da L-Arginina, e como outros grupos da população reagem à substância.
Redação

Redação

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