da Revista Universo
A Pesquisa Especial de Tabagismo aponta que 93% dos 24,6 milhões de fumantes brasileiros de 15 anos ou mais de idade conhecem os riscos do tabaco como causador de doenças graves. Dos 20,1 milhões de não fumantes, 96,7% também têm conhecimento sobre doenças geradas ou agravadas pelo fumo. Segundo o estudo, 96,1% dos fumantes e não fumantes conhecem as doenças causadas pelo tabaco.
A doença com o menor reconhecimento de risco é o derrame (73,1%), tanto entre os fumantes (70,1%) quanto entre os não fumante. Já 85,7% de fumantes e não fumantes reconhecem o ataque cardíaco como doença causada pelo fumo.
A percepção apresentada com maior freqüência foi a do tabaco como causador do câncer de pulmão: 94,7% do total das pessoas sob investigação, sendo 90,6% dos fumantes e 95,6% dos não fumantes.
Sudeste lidera
O maior contingente de fumantes do País está na região Sudeste, segundo pesquisa do IBGE. Na região, foram registrados 10,4 milhões de fumantes no ano passado, na faixa etária de 15 anos ou mais, levando em conta a proporção da população - atualmente, o País tem cerca de 193,7 milhões de habitantes. A pesquisa apontou também que a região Sul registrou o maior percentual de fumantes, 19%, sem levar em conta a proporção populacional das unidades da federação. Os menores números de fumantes foram observados no Centro-Oeste (16,6%) e Sudeste (16,7%).
Menos escolaridade
A maioria dos fumantes está entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo (25,7%). Segundo o estudo, 23,1% dos fumantes têm de 1 a 3 anos de estudo, enquanto 11,9 têm 11 anos ou mais. O levantamento ainda aponta que 20,3% dos fumantes têm de 4 a 7 anos de estudo. Os especialistas afirmaram que esse comportamento se repetiu em todas as regiões.
Das 143 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, estimadas em 2008, 24,6 milhões (17,2%) fumavam qualquer produto derivado do tabaco, segundo o levantamento. Dentre os homens, esse percentual era de 21,6% e entre as mulheres, de 13,1%.
Vendido nas propagandas como algo glamouroso, o hábito de fumar, no Brasil, é proporcionalmente maior entre as faixas de renda mais baixa. O percentual de fumantes entre os brasileiros com renda per capita inferior a um quarto de salário mínimo é de 19,9%. Entre os que ganham dois salários mínimos ou mais, fica em 13,5%.
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