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Senado aprova cassação do mandato de Delcídio do Amaral





O Senado aprovou a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff, por quebra de decoro e abuso das prerrogativas parlamentares, por 74 votos a favor.

Imagem: Reprodução

BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo da presidente Dilma Rousseff, por quebra de decoro e abuso das prerrogativas parlamentares, por 74 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção.

Delcídio perde o mandato e os direitos políticos por oito anos, após ter sido preso em novembro, acusado de tentar obstruir os trabalhos da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras. Este era o seu segundo mandato como senador. Delcídio e seus advogados não compareceram à sessão de votação no plenário do Senado.

O agora ex-parlamentar foi flagrado em um áudio oferecendo dinheiro, influência política junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para beneficiar o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró em troca do silêncio dele nas investigações.

Delcídio, que se desfiliou do PT, foi solto em fevereiro e fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público, que foi homologado em março pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável no tribunal pelos processos ligados à Lava Jato.

Na delação, ele faz acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros políticos do governo e da oposição.

Autor da denúncia ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra Delcídio, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ressaltou o “desconforto” da Casa ao decidir sobre a cassação de um senador, mas argumentou que a gravidade dos fatos apurados o convenceram que houve quebra de decoro.

"Parece inconteste que a dignidade do Senado foi afrontada e atingida pelo senador Delcídio do Amaral. Em poucos momentos da História o Senado viveu tanto constrangimento", disse Randolfe segundo a segundo Agência Senado.

A perda do mandato foi pedida pelo relator do caso, Telmário Mota (PDT-RR), para quem não havia dúvidas de que Delcídio do Amaral abusou das prerrogativas constitucionais ao ter uma conversa considerada incompatível com a conduta de um parlamentar.

O suplente de Delcídio é o empresário Pedro Chaves (PSC).

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Redação

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