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Cólera mata mais de 200 no Haiti



Mais de 200 pessoas morreram no Haiti como consequência da epidemia de cólera declarada no país, anunciou neste sábado o diretor-geral do ministério da Saúde, Gabriel Thimoté.

O alto funcionário disse em uma coletiva que foram registradas "mais de 208 mortes", das quais 194 ocorreram no departamento de Artibonite (norte) e 14 no centro do país.

Ao menos 3 mil pessoas estão internadas em hospitais e centros de saúde, que muitas vezes se veem sobrecarregados pela falta de infraestrutura, segundo números fornecidos neste sábado por autoridades sanitárias haitianas.


Pessoas doentes fazem fila para serem atendidas em um posto médico
em Porto Príncipe


"A situação está sob controle, a população não deve entrar em pânico, é necessário, pelo contrário, respeitar as medidas de higiene", recomendou o médico Jocelyne Pierre-Louis, funcionário do Ministério da Saúde.

Thimoté disse ainda que as autoridades estão adotando medidas para distribuir água potável à população.

O presidente haitiano, René Preval, acompanhado pelo ministro da Saúde, Alex Larsen, realizou hoje uma viagem de inspeção pelas regiões afetadas pela epidemia.

O ministério da Saúde pediu no sábado à Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) que distribua entre a população os medicamentos fornecidos por organismos internacionais.

O governo canadense ofereceu um hospital de campanha ao Haiti, enquanto os Estados Unidos planejam entregar grandes barracas para o atendimento dos doentes.


Uma mulher doente é levada para atendimento


A Cruz Vermelha americana informou que hoje chegará ao Haiti três carregamentos de remédios.

Segundo rádios de Porto Príncipe, pessoas com diarreia e vômitos foram internadas em hospitais próximos à capital, onde até o momento não há casos confirmados de cólera.

"Estes rumores nos levam a investigar se há casos nos bairros da capital, mas não há epidemia na cidade", destacou Thimoté.

A cólera é transmitida pela água, mas também pela comida que esteve em contato com água contaminada pela bactéria.

A doença causa muita diarreia e vômitos, seguidos de desidratação. Com um período de incubação pequeno, pode ser fatal se não for tratada a tempo.

O governo orientou a população a limitar seus deslocamentos e evitar as zonas afetadas pela epidemia.O empobrecido país do Caribe tem

sido atingido nos últimos dias por grandes inundações, piorando a miséria daqueles que lutam para sobreviver em barracas e acampamentos que agora permeiam o país.

Em janeiro passado, um terremoto avassalador, de 7 graus, matou mais de 250 mil pessoas e deixou 1,2 milhão de desabrigados em Porto Príncipe.
Redação

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