da Revista Universo
A pesquisa “Qualidade de Vida dos Idosos Portadores de HIV/Aids” da gerontóloga (profissional que estuda o processo de envelhecimento humano) Ana Bonilha, apresentada o VI Seminário de Pesquisa em DST/Aids revela um crescimento de doenças sexualmente transmissíveis (DST) em idosos, principalmente a aids. O projeto foi realizado no Centro de Referências DST/Aids – Penha da Zona Leste do Município de São Paulo.
Com o objetivo de identificar a qualidade de vida de idosos que vivem com aids, o estudo revela que com a modernização da tecnologia e a longevidade da terceira idade, a busca por uma melhor qualidade de vida atinge todos os segmentos, inclusive o sexual. Deste modo, Ana afirma que, as tecnologias como a prótese peniana e a droga viagra estimulam a vida sexual nos idosos.
Segundo a pesquisa, a aids está se espalhando rapidamente por esse segmento, não só no Brasil, mas no mundo todo. A falta de informação sobre métodos preventivos e também um certo preconceito, tanto ao uso de preservativos quanto à idade são apontados como fatores para a propagação da epidemia nesta população.
“Os idosos têm preconceito em usar o preservativo, dizem que no tempo deles não se usava isso e as mulheres idosas não gostam porque afirmam que incomoda a vagina por falta de lubrificação”, disse Ana.
A pesquisa foi realizada no Centro de Referências DST/Aids – Penha da Zona Leste do Município de São Paulo. A população estudada, 40 pessoas, foi constituída por indivíduos com 60 anos ou mais, que vivem com aids, 60% dos homens revelaram soropositividade e as mulheres 40%.
“Conheço um idoso que pegou aids com 90 anos, depois de retomar a vida sexual”, contou a autora da pesquisa.
O estudo recomenda a necessidade de aumentar o número de campanhas preventivas para esta faixa etária e dar maior atenção à qualidade de vida, tratando o paciente idoso tanto no seu aspecto físico, quanto mental e social.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário