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EUA voltarão a fuzilar condenado à morte após 14 anos

da agência Efe, em Washington




Os Estados Unidos executarão nas próximas horas Ronnie Lee Gardner mediante os disparos de um pelotão de fuzilamento em Utah, método escolhido pelo próprio preso, e que não é utilizado desde 1996 no país, segundo o periódico "The Salt Lake Tribune".

A execução de Gardner, marcada para as 3h da manhã desta sexta (horário de Brasília) ficou definida na noite desta quinta quando a Corte Suprema negou uma moção apresentada pelos advogados do condenado para reconsideração do caso.

Pouco antes, um tribunal de apelações de Denver (no estado do Colorado) tinha negado o adiamento do castigo em decisão apoiada pelo governador do estado de Utah, Gary Herbert.
O fuzilamento foi retirado da lei do estado (noroeste do país) em 2004, mas Gardner foi sentenciado por matar o advogado Michael Burdell muitos anos antes, em 1985, quando tentou escapar durante uma audiência judicial na qual era acusado de roubo e homicídio.

O fuzilamento será o terceiro na história dos EUA desde que a Corte Suprema voltou a prever a pena capital em 1976.

Os dois anteriores também foram em Utah, o único estado que manteve a possibilidade da escolha entre injeção letal e disparos até 2004, quando eliminou a lei pelas críticas e pelas expectativas e publicidade geradas por esse tipo de execução.

Gardner elegeu este método porque acredita que é "mais humano", segundo seu advogado, Andrew Parnes, mas o último executado por disparos, John Albert Taylor, decidiu morrer desta forma para envergonhar as autoridades.

O preso será sentado e amarrado em uma cadeira com um capuz e com uma marca no peito que servirá como um alvo para as cinco pessoas anônimas, identificadas como "agentes pacifistas", que apertarão o gatilho.

Antes de escutar os disparos, o preso poderá pronunciar suas últimas palavras, que serão ouvidas por cinco testemunhas, até cinco familiares das vítimas de seus crimes, dirigentes oficiais e nove jornalistas. Quatro redes televisivas de Utah transmitirão ao vivo a execução.
O Governo emitiu permissões para dois protestos de grupos opositores à pena de morte, no Congresso do estado e perto da prisão, e haverá orações por sua morte na catedral da capital do estado, Salt Lake City.

Outros quatro presos dos dez que estão sentenciados à pena de morte neste estado também escolheram o fuzilamento para sua execução.
Redação

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