da Agência, Efe, em Porto Principe
As escolas recomeçaram suas atividades no Haiti quase três meses depois do terremoto que assolou o país mais pobre das Américas, em 12 de janeiro e que causou 222.500 mortos e 1,5 milhão de desabrigados.
O Ministério da Educação convidou às escolas que tem condições a retomar as atividades e a começar por sessões de apoio psicossocial a fim de facilitar a readaptação das crianças traumatizadas pela catástrofe.
Atividades escolares recomeçam no Haiti, 3 meses após o terremoto
Um comunicado do ministério precisou que 500 locais foram preparados para receber os estudantes. Também foram elaborados novos programas e calendários para o período letivo abril-agosto.
As escolas afetadas pelo terremoto receberão 3 mil barracas para as salas de aula.
As autoridades estimam que US$ 2 bilhões serão necessários para a reativação da educação, que resultou muito afetado pelo devastador sismo.
Cerca de 80% das 5 mil escolas primárias e secundárias do país ficaram "gravemente danificadas" pelo terremoto e 30% "totalmente destruídas", segundo uma fonte local.
Dezenas de milhares de alunos, professores e empregados das escolas morreram no desastre.
A entidade que reúne professores criticou a decisão de retomar as atividades escolares nas zonas atingidas pelo terremoto, já que a estrutura é deficitária.
Para a associação, o reatamento só beneficiará uma minoria de alunos, e afirmou que muitos professores não receberam seus salários e que os pais não têm recursos para preparar o retorno de seus filhos às escolas.
O Fundo da ONU para a Infância (Unicef) disse nesta segunda-feira que a reabertura da docência "é um primeiro passo em uma operação que espera levar mais de 700 mil estudantes às salas de aula durante os dois próximos meses e acrescentar esse número em direção ao ano letivo que começa em setembro".
A representante do organismo no Haiti, Françoise Gruloos-Ackermans, assinalou em comunicado que na nação caribenha "a demanda de educação é muito alta".
No Haiti, acrescentou, "há um grande desejo de aprender tanto entre meninos e meninas quanto por parte de suas famílias".
O terremoto de 12 de janeiro causou a morte de 38 mil estudantes, mais de 1,3 mil professores e outro pessoal docente, e destruiu mais de 4 mil escolas e o Ministério da Educação, precisou Unicef em seu comunicado.
"Todos os dados do sistema educacional foram perdidos e se estima que ao redor de três milhões de estudantes viram interrompida sua educação ou deixaram de assistir à escola totalmente", assinalou.
Redação
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