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Um assunto polêmico: A Insatisfação dos usuários com as Ferrovias

da Revista Universo

A CNT (Confederação Nacional dos Transportes) realizou um estudo amplo da situação dos 13 ramais ferroviários existentes no Brasil. A avaliação das ferrovias da região de Bauru é de que há problemas para aumentar o tráfego de cargas e a velocidade do transportes.

Por Bauru passam os corredores Santos Bitola Larga e Santos Bitola Estreita, em grande parte sob a responsabilidade da ALL (América Latina Logística) e perto de Santos, da MRS Logística.

No corredor Santos Bitola Larga fica o trecho Bauru-Itirapina, de 155,2 km. Esse corredor tem seis trechos e o de Bauru tem o segundo menor volume em carga (Colômbia-Araraquara em último).


Os Usuários estão insatisfeitos com as ferrovias.


Os últimos dados da pesquisa da CNT mostram que em 2008 o trecho Bauru-Itirapina embarcou 720 toneladas utéis (x10). O campeão foi Jundiaí-Santos com 24.369 seguido de Alto Araguaia-Aparecida do Taboado com 8.668.

Reduções

Já no corredor Santos Bitola Estreita fica o trecho Bauru-Mairinque, de 310,2 km. A pesquisa da CNT mostra que houve redução da TKU (tonelada quilômetro útil) e carga entre 2006 e 2008. A carga embarcada passou de 633 toneladas utéis (x10) para 480, queda de 24%.

Segundo a avaliação da CNT, os ramais ferroviários do Brasil necessitam de R$ 54,4 bilhões para recuperação e expansão do setor até o ano de 2025.

O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, explica outro grave problema são as 327 invasões na área onde correm os trilhos das ferrovias brasileiras e a precariedade de passagens de nível.

“Isso faz com que os trens tenham de reduzir sua velocidade nessas regiões”, afirma.

Prazo é principal reclamação de clientes

A pesquisa feita pela CNT também coletou a opinião dos clientes das empresas ferroviárias. No corredor Santos Bitola Larga as principais queixas são custo do frete (20%), confiabilidade dos prazos (17,5%) e disponibilidade de vagões específicos aos produtos (17,5%).

No corredor Santos Bitola Estreita as reclamações principais são confiabilidade dos prazos (33,3%), custo do frete (22,2%) e disponibilidade de vagões específicos aos produtos (22,2%).

Em 2008, no trecho Bauru-Itirapina a velocidade média comercial era de 26,52 km/h. E no trecho Bauru-Mairinque de 30,22 km/h.

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tem em curso uma revisão regulatória do setor de ferrovias. Entre as propostas avaliadas estão a regulamentação do direito de passagem que uma empresa de vagões paga para transitar sobre os trilhos de outra companhia; a regulamentação do direito desse usuário da infraestrutura; o estabelecimento de metas qualificadas de transporte; e a modernização e ampliação de capacidade da malha existente. Nesse arcabouço, a ideia da ANTT é tornar totalmente independentes posses dos trilhos e dos vagões, elevando a concorrência no setor.

A ALL foi procurada para comentar a pesquisa, mas por meio de sua assessoria de imprensa disse que iria se posicionar ainda hoje.
Redação

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