Em Cima da Hora
recent

Se engana quem pensa que Marcos Pasquim vai pela opinião dos outros

da Revista Universo


'



Marcos Pasquim, o Dênis de “Caras & Bocas”, quer sair da faixa das sete. O ator, que começou a carreira em 1995 na pele do Cosme de “Cara e Coroa”, nunca trabalhou no chamado horário nobre e sonha com um papel numa trama mais densa. “Por favor, façam uma campanha. Já tenho até o nome. Pode ser ‘Pasquim para as oito’”, brinca o sempre bem-humorado ator. Entre os autores com os quais gostaria de trabalhar, ele destaca Manoel Carlos, Gilberto Braga e Glória Perez.

Enquanto sua campanha não emplaca, Pasquim se diverte nos estúdios de “Caras & Bocas”. Dênis é o personagem que mais contracena com a chipanzé Kate, que na novela “interpreta” o macaco Xico. As brincadeiras entre os dois são inevitáveis. Até porque, toda vez que vai gravar, ele é obrigado a cumprir um ritual que inclui entrar na jaula e catar piolhos pelo corpo do animal. “Vi que os macacos fazem isso entre eles em um documentário na tevê e resolvi copiar para ganhar a confiança de Kate. Deu certo”, comemora.

“Caras & Bocas” é a primeira novela de Pasquim em que ele aparece vestido em grande parte das cenas. “Só tiro a camisa nas cenas de amor”, diz o ator. Por conta disso, de vez em quando ele é alvo de piadinhas dos colegas. “Já ouvi muito as pessoas falarem que não me reconhecem quando estou vestido. Eu encaro como uma fase”, minimiza. Para provar que não se importa com a opinião alheia, Pasquim é categórico: “Antonio Fagundes só andava sem camisa no começo da carreira”. Pasquim garante que não vê problemas se tiver de andar sem camisa num próximo trabalho. “Enquanto o corpo estiver bem e os autores quiserem usar, eles vão usar. Daqui a pouco vou ficar velho e não vai dar mais”, observa.

Com a volta de Simone, papel de Ingrid Guimarães, Pasquim deve voltar a aparecer sem camisa. Afinal de contas, a personagem reaparece para dizer a Dênis que ele é o verdadeiro pai do filho dela. A partir daí, os dois vão voltar a ficar juntos, com muitas cenas românticas e sensuais. “Não sofro com isso. Não tenho problema com o meu corpo”, admite. Pasquim afirma que torcia mesmo pela união dos dois. “Novela tem de ter final feliz”, diz.

Mesmo acostumado a fazer novelas de ritmos acelerados com Carlos Lombardi, como “Uga-Uga”, de 2000; “Kubanacan”, de 2003; e “Bang Bang”, de 2006; e a minissérie “Guerra e Paz”, de 2007, Pasquim jura que não tira de letra as cenas de ação. “É muito difícil brigar, falar, se preocupar com a câmara e com o texto. É muita coisa para coordenar ao mesmo tempo”, assume.

Depois que “Caras & Bocas” terminar, em janeiro, Pasquim quer tirar um tempo para descansar. “Pretendo viajar para recarregar as energias, mas ainda não defini o roteiro”, diz. Quando voltar das férias, o ator vai dirigir dois curtas, que por enquanto ainda não têm nome, e pretende se aventurar pelo teatro. “Estou lendo o texto de uma peça, mas não bati o martelo”, avisa. Dirigir um longa-metragem também faz parte dos planos de Pasquim. “Acho muito difícil essa área de direção, mas quero testar. Quem sabe daqui a uns 15 anos eu não esteja finalmente pronto?”, diverte-se.

Por enquanto, suas experiências na telona limitam-se a atuar em “Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida”, de 2004, e “Seus Problemas Acabaram”, com a turma do “Casseta & Planeta”, de 2006. “O cinema é uma das minhas grandes paixões”, confessa.
Redação

Redação

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.