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Guerra Policial e Bandidos na Favela, As vitimas, A População

da Revista Universo

A população trabalhadora das favelas foi novamente vítima das ações criminosas dos grupos de extermínio. Em Novembro quatro pessoas foram executadas no Jaçanã, na zona norte da capital, vítimas da 16ª chacina cometidas apenas nesse ano.

De acordo com os relatos das testemunhas, cerca de seis moradores da favela Aquarela, no Parque Edu Chaves, na divisa com Guarulhos, grande São Paulo, foram atacados por dois homens que estavam a pé. As vítimas confirmaram que antes de disparar os assassinos perguntaram se os moradores tinham algum envolvimento com o tráfico de drogas. As pessoas negaram qualquer envolvimento e logo em seguida foram alvo dos disparos. Os seis feridos foram levados ao pronto socorro local, mas quatro deles não resistiram aos ferimentos e morreram, os outros dois continuam internatos, um deles só conseguiu escapar porque se jogou num córrego onde passa o esgoto da favela, ele acabou sendo baleado na perna.

Os crimes são mais um exemplo da forma de atuar dos grupos de extermínio e nada tem a ver com o tráfico como sempre afirmam a polícia. As execuções de moradores de favelas é um exemplo da política criminosa da polícia e dos governos burgueses. As pessoas não podem ser ingênuas e acreditar que os assassinatos foram cometidos por pessoas isoladas, é obvio que as chacinas foram pensadas e organizadas com um objetivo claro: executar e espalhar o medo entre a população, a mesma “tática” utilizada pela PM durante as criminosas operações policiais.

Para se ter idéia da ligação entre os crimes, algumas horas antes da execução das quatro pessoas, dois homens e uma mulher foram baleados na av. Antonello da Messina, Jardim Guapira. Uma das vítimas morreu na hora, enquanto que a outra pessoa chegou a ser levada para o hospital, mas não conseguiu resistir os ferimentos e também faleceu, a única sobrevivente foi a mulher que permanece internada. De acordo com os dados da Secretaria de Segurança, pelo menos 51 pessoas foram assassinadas desde janeiro de 2009, a maioria moradores da zona Norte. “Com seis casos, a zona norte da capital é, até agora, a região do Estado com mais chacinas. Sete foram em cidades da Grande SP; duas na zona leste e uma na área central.”.

As chacinas são reflexos da política criminosa do governo de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), ambos responsáveis pelas maiores atrocidades contra a população trabalhadora das favelas. Além das matanças provocadas pelas operações policiais e pelos grupos de extermínio, que como já foi diversas vezes denunciado agem como o aval dos governos e da Justiça burguesia, que na maioria das vezes é responsável inclusive pelo financiamento desses grupos ligados a polícia, a população das favelas também são contates alvos de incêndios “misteriosos”, cujos únicos beneficiados são as empreiteiras. Todos esses crimes devem ser investigados pela própria população que deve encabeçar os inquéritos para encontrar os responsáveis desses crimes.

Assasinato

Um adolescente, cuja identidade ainda não revelada, de 17 anos, foi assassinado na favela da Torre, localizada no Conjunto Virgem dos Pobres III. Policiais do 1º Batalhão estão no local, mas ainda não há informações sobre os motivos que teriam provocado o homicídio.

Segundo o Centro Integrado de Operações da defesa Social – CIODS, populares contaram que dois homens foram os autores dos disparos. Eles teriam baleado na vítima, numa rua que fica próxima a bar do ‘Dunga’ e, momentos depois, fugido usando uma mobilete.

O Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal já foram acionados. O 1º BPM ainda permanece no local da ocorrência para colher mais detalhes sobre o crime.

O assassinato será investigado pelo 3º distrito policial.
Redação

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